Idem. Rua do Flecheiro/Rua Rodrigues Simões. Armazém, ruína, baldio. Daqueles terceiros andares via-se o acampamento. Dai-me aqui uma tarde de 1987: no fim, os putos ciganos levavam a bola e eu ficava infeliz, mas havia durante o jogo a excitação de estar em vias de ser assaltado, o que nem sempre acontecia e voltava-se para casa mais crescido. Sinto falta de espaços com este género de vagueza de traseiras do prédio, traseiras da vida. Trazem à memória ‘O pátio da estalagem em Emaús’, de Ryckaert³. A requalificação da frente ribeirinha vai acabar por estragar isto.