Humberto Brito

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Inédito. Sem o saber a começo, pus-me à procura de lugares para um aeroporto. Peritos e patriotas vivem para debates sobre aeroportos nos canais sérios. E procurava um para mim. A minha finalidade era o exílio suave. Aprendi porém outra coisa ao longo de caminhar e andar a ver lugares concretos na minha terra que se parecem com lugares onde seria de haver aeroportos, na direcção dos quais sempre me senti inexplicavelmente atraído. Que, privado de esventrar colónias, este país pateta está talhado para se auto-colonizar, para desfigurar-se. “Mas a gente precisa de se desenvolver, etc.” Sim, precisa. É um ‘facto’.  Só que não há voos com ligação para o género de lugar que já não podemos ser. Não se vai de avião da cegueira para o reconhecimento dos nossos erros. Talvez ajude ir a pé.


Com Djaimilia Pereira de Almeida. Inédito.  Caminhadas pelos bosques de Zurique, seguindo a peugada de T. Blumenfeld na direcção da loucura e da autoficção.

Inédito. Uma cidade pesqueira ensolarada e decadente com uma cintura industrial aflita e um complexo de superioridade irredutível acerca da capital, que oculta uma noção de vitória moral, isto é, o consolo de se saber um fracasso, mas um lindo fracasso. Porto de abrigo para os casmurros e os lânguidos e aqueles que mentem a si mesmos. O escritor regressa a casa fotógrafo.

Ao longo da E.N. 10, revisito a paisagem de um divórcio.

Lebop Books
Capa dura.
ISBN 978 989 96128 15  
26x32 cm
104 pp.    

Sobre a escrita e a luz do sol. Ensaio em torno de A Lenda de São Julião Hospitaleiro, de Gustave Flaubert, acompanhado pela tradução de Pedro Tamen e por cartas escolhidas.

Relógio d’Água
Capa mole
EAN 9789897833779
15,3x23,3 cm
176 pp.

Dez anos de estudos sobre Fernando Pessoa, sem gordura.

Relógio d’Água
Capa mole.
ISBN 978 989 783 126 3  
15,3x23,3 cm
128 pp.  

Com Djaimilia Pereira de Almeida. Uma escritora, um fotógrafo e um cão, à volta da casa, sobrevivendo ao confinamento, ignorando o futuro.

FFMS
Capa mole
ISBN 978-989-9004740  
13x20 cm
184 pp.

Avaria
2019


A minha primeira tentativa de apontar para uma analogia entre a deterioração do espaço público e tornarmo-nos quem somos. Quando se dá por isso, as cidades e as pessoas extraviaram-se, como se por mão invisível. Ao tentar encontrar-me a mim mesmo no não-eu, eis o que descobri. A anonimidade dos danos, em toda a parte, em toda a gente, na minha própria vida.

Edição de autor
Capa mole
ISBN 978-989-209959
21 x 26,5cm
64 pp.